3 dicas para não ser surpreendido com as Ações Coletivas e Plúrimas

Ultima atualização: 29.06.2025

As ações coletivas e plúrimas representam um desafio cada vez mais comum e estratégico para empresas que lidam com um volume significativo de relações trabalhistas. Apesar de, à primeira vista, parecerem instrumentos semelhantes, a forma como essas ações impactam o passivo jurídico e financeiro da organização pode variar significativamente.

Além da complexidade técnica, esses processos exigem esforço operacional e análise especializada para evitar riscos como provisões mal calculadas, defesa jurídica fragilizada e valores superestimados.

Com base na aplicação prática dos cálculos em ações complexas e nos parâmetros técnicos adotados em departamentos jurídicos, essas dicas podem contribuir para que o jurídico atue com mais segurança, previsibilidade e controle financeiro em ações de grande impacto.

Ações coletivas x ações plúrimas: o que muda na prática?

Embora os termos ações coletivas e ações plúrimas sejam frequentemente confundidos, há diferenças importantes entre eles.

As ações coletivas são propostas por entidades como sindicatos ou pelo Ministério Público do Trabalho, com o objetivo de proteger interesses de um grupo de trabalhadores que compartilham direitos semelhantes.

Nesse caso, os trabalhadores não precisam participar diretamente da ação para serem beneficiados pelo resultado, a decisão atinge todos que se enquadram no grupo representado.

Já as ações plúrimas ocorrem quando vários empregados ingressam juntos em um único processo, mas cada um apresenta sua própria demanda individual. A origem da ação é comum (como a mesma conduta do empregador), mas os pedidos são distintos.

Essa distinção impacta diretamente na forma como os cálculos devem ser elaborados, nas estratégias de defesa e na definição de riscos financeiros. Em ambos os casos, a atuação preventiva e a análise detalhada são essenciais para evitar surpresas.

Dica 1: Provisão estratégica e assertiva

Um dos maiores riscos das ações coletivas e plúrimas é a subavaliação (ou superavaliação) do passivo trabalhista. Isso ocorre quando as empresas não fazem a devida apuração dos valores envolvidos na fase inicial do processo.

A fase de conhecimento é uma excelente oportunidade para acionar o parceiro de cálculos e obter uma liquidação prévia, com base em dados reais. Nessa etapa, é possível simular cenários, identificar fragilidades e mapear pontos que fortalecerão a defesa.

Por exemplo, em ações que envolvem horas extras, um cálculo técnico bem estruturado pode demonstrar que os valores já foram pagos corretamente, ou mesmo identificar inconsistências nos pedidos iniciais.

Esse tipo de abordagem possibilita:

🔹 Provisões mais realistas e alinhadas ao risco jurídico;

🔹 Aumento da segurança na tomada de decisão;

🔹 Redução da exposição financeira futura.

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Dica 2: Tenha acesso a dados em formato editável

A organização dos dados impacta diretamente na agilidade e na qualidade dos cálculos. Por isso, sempre que possível, forneça informações em formatos editáveis, como planilhas Excel ou arquivos .txt, etc, com dados como jornada, salário, benefícios e histórico contratual.

Isso elimina retrabalho, evita erros de digitação e possibilita análises mais completas, inclusive com o uso de tecnologia de cálculo jurídico.

Além de acelerar a entrega dos laudos, essa prática permite que o time jurídico concentre esforços em análises estratégicas e não em tarefas operacionais.

Vantagens:

  • Otimiza o prazo de entrega dos cálculos;
  • Aumenta a precisão dos valores apurados;
  • Libera a equipe para pensar estrategicamente nas negociações ou defesas.

Dica 3: Avalie a viabilidade de acordos personalizados

Ações coletivas e plúrimas, pela sua natureza e número elevado de trabalhadores, tendem a se arrastar por anos. Por isso, a busca por acordos judiciais pode ser um caminho vantajoso, desde que seja feito com base em cálculos individualizados e revisão estratégica.

No caso das ações plúrimas, é possível negociar com cada trabalhador de forma separada, levando em conta as particularidades do vínculo empregatício. Isso reduz o impacto global da ação e possibilita ganhos de previsibilidade financeira.

Já nas ações coletivas, uma análise histórica das condenações da empresa, associada ao estudo das jurisprudências aplicáveis, pode indicar quando é mais vantajoso negociar ou seguir com a defesa técnica.

Com acordos bem planejados, a empresa:

  • Reduz seu passivo de forma controlada;
  • Evita surpresas com condenações imprevisíveis;
  • Mantém sua imagem institucional perante o mercado e o Judiciário.

As ações coletivas e plúrimas continuarão sendo instrumentos recorrentes no ambiente jurídico trabalhista, especialmente em setores com forte atuação sindical ou com grande volume de contratos.

Por isso, empresas que atuam com estratégia e precisão saem na frente. Ter ao lado uma equipe de cálculos trabalhistas experiente, que compreenda as nuances de cada tipo de ação, é o caminho para evitar condenações indevidas, fortalecer a defesa e tomar decisões com base em dados concretos.

Mais do que mitigar riscos, essa postura demonstra maturidade jurídica e responsabilidade financeira diante de um cenário cada vez mais complexo.

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