Reforma Tributária e Varejo: Como proteger suas margens e evitar surpresas 

Ultima atualização: 16.04.2025

Reforma Tributária e Varejo: Como proteger suas margens e evitar surpresas 

A Reforma Tributária está chegando e, para o varejo, isso significa um novo jogo de regras. Como sua empresa vai se adaptar? O que muda na precificação e na gestão tributária? Sem um planejamento estratégico, os riscos podem ser altos, mas também surgem oportunidades para reduzir custos e aumentar a competitividade. Vamos explorar os principais impactos e como se preparar para essa nova realidade. 

O que muda na tributação do varejo? 

A reforma prevê mudanças significativas na forma como o varejo lida com tributos, incluindo: 

  • Fim do PIS, COFINS, ICMS e ISS → Entrada do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços);
  • Imposto Seletivo (IS) → Taxa adicional para produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente;
  • Créditos tributários 100% compensáveis → Redução de cumulatividade e maior controle financeiro. 

Essa nova estrutura tributária vai impactar diretamente a forma como os produtos são precificados e a estratégia comercial das empresas do setor. 

Impacto na precificação: como proteger sua margem de lucro? 

Os varejistas precisarão rever sua política de precificação para se manterem competitivos. Três pontos fundamentais precisam ser considerados: 

  • Revisão de preços: Com o fim da cumulatividade, alguns produtos podem baratear, enquanto outros sofrerão aumento de carga tributária.
  • Margem de lucro ajustada: A adaptação às novas alíquotas e ao Imposto Seletivo exige um planejamento detalhado para evitar perdas.
  • Promoções estratégicas: Descontos e campanhas precisarão ser recalculados para manter a rentabilidade sem afetar a percepção de valor dos clientes. 

Pergunta para reflexão: Se hoje você repassa tributos no preço dos produtos, já calculou como essa estrutura vai mudar? 

Gestão de créditos tributários: o que sua empresa precisa fazer agora? 

A principal mudança na gestão tributária é a não cumulatividade plena do IBS e CBS, permitindo a compensação integral dos tributos pagos ao longo da cadeia produtiva.  

Algumas empresas possuem créditos tributários acumulados, principalmente de ICMS, e essas empresas precisam agir rapidamente, sob o risco de não conseguir utilizar estes créditos de forma imediata, pois a legislação prevê um período de 240 meses (20 anos) para o aproveitamento integral dos valores. 

Para empresas que operam em São Paulo, há uma vantagem significativa: o Estado já disponibiliza o e-CredAc, uma ferramenta que permite a antecipação desse processo. Com ela, é possível não apenas solicitar a homologação dos créditos, mas também buscar a restituição ou até mesmo a venda dos valores para outras empresas interessadas. 

Diante dessa realidade, postergar a regularização dos créditos acumulados pode resultar em dificuldades de caixa no futuro e na perda da oportunidade de otimizar o capital de giro antes das novas regras entrarem em vigor. As empresas devem se organizar o quanto antes para evitar perdas financeiras e maximizar os benefícios do crédito tributário dentro do novo sistema fiscal. 

Desafios e oportunidades: como se destacar no novo mercado? 

A Reforma Tributária traz desafios, mas também cria oportunidades para empresas bem preparadas. Antes de facilitar a vida das empresas, no entanto, a transição pode gerar dificuldades operacionais significativas. Durante o período de transição, os dois modelos tributários rodarão em paralelo, exigindo das empresas investimentos em tecnologia, capacitação da equipe e até mesmo a contratação de serviços especializados, como BPO, para garantir conformidade e eficiência. Equipes internas, que já enfrentam desafios com o modelo atual, precisarão de reforços para atender às novas exigências sem comprometer a operação. 

Para transformar esses desafios em vantagens estratégicas, as empresas precisam agir desde já e realizar estudos detalhados sobre os impactos da reforma. Algumas ações essenciais incluem: 

  • Mapeamento do impacto da reforma em relação aos processos atuais da empresa.  
  • Criação de um comitê estratégico interno, auxiliando na gestão do projeto de adequação.  
  • Planejamento e avaliação de aderência dos processos à nova legislação.  
  • Avaliação do efeito tributário no negócio, comparando o cenário atual (as is) com o novo cenário tributário (to be).  
  • Acompanhamento do plano de ação, garantindo uma transição segura e eficiente. 

O sucesso no novo cenário tributário dependerá da capacidade de adaptação e planejamento estratégico. Empresas que se preparam desde já para lidar com os desafios da transição estarão mais bem posicionadas para colher os benefícios da Reforma Tributária: 

  • Redução da carga tributária sobre determinados produtos, tornando-os mais acessíveis para o consumidor.  
  • Maior transparência e simplificação fiscal, reduzindo custos operacionais com burocracia tributária no longo prazo.  
  • Aumento da competitividade, permitindo que empresas que se anteciparem saiam na frente. 

Conclusão: sua empresa está preparada? 

A nova Reforma Tributária impactará diretamente o setor varejista, tornando essencial uma estratégia de adaptação bem definida. A revisão da precificação e a gestão eficiente dos créditos tributários serão determinantes para a sustentabilidade financeira e a competitividade das empresas no mercado. 

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