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Contabilidade sólida facilita aproximação com investidores
Até alguns anos atrás, falar de fusões ou aquisições entre empresas era sinônimo de grandes grupos econômicos. Essa realidade mudou bastante. Hoje, com as economias norte-americana e europeia desaquecidas, o Brasil está no foco de muitos investidores internacionais interessados em aplicar recursos não apenas em grandes, mas também em médias e até em pequenas empresas.
Esse novo perfil das fusões e aquisições empresariais trouxe a reboque uma mudança também no papel da contabilidade, até então vista apenas para fins fiscais. Ocorre que, culturalmente, os Estados Unidos e os países europeus sempre pautaram suas relações empresariais em uma contabilidade profissional e confiável e, agora, trazem esse padrão para seus investimentos no Brasil. Ter uma contabilidade de primeira linha é uma exigência básica para a empresa, de qualquer porte, que pretenda se credenciar para participar desse jogo, qualificando-se para receber investimentos.
Esse novo padrão, profissionalizado, exige o cumprimento rigoroso das normas contábeis, dentro dos padrões internacionais. Isso envolve, por exemplo, a adoção das regras estabelecidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, como as novas formas de registro das operações de leasing financeiro, das subvenções governamentais e dos contratos de seguro, bem como os procedimentos relativos aos testes de recuperabilidade e do ajuste a valor presente. De mesma importância são os princípios de competência — cujo reconhecimento das receitas e despesas deve ser feito no momento em que ocorrem, e não na ocasião do recebimento ou pagamento — e o da entidade (separação do patrimônio dos sócios e do da empresa), o cumprimento das obrigações fiscais, entre vários outros aspectos.
A confiabilidade dos dados é absolutamente essencial para os processos de Due Diligence, no qual são analisados aspectos de caráter financeiro, e os possíveis investidores realizam uma minuciosa varredura na empresa, passando um pente fino em várias áreas, inclusive na contabilidade. Isso ocorre não apenas entre grandes empresas, mas também em processos de private equity, por exemplo, quando o investimento é feito em companhias não listadas em bolsas de valores. Logo, cuidar da contabilidade é o primeiro passo para a empresa que pretende aproveitar todas as oportunidades que venham a surgir nesse momento em que o Brasil, bola da vez da economia mundial, está na mira dos investimentos.