Simples Nacional para Investidores Estrangeiros: por que geralmente não é uma opção Entenda por que o Simples Nacional quase nunca se aplica a subsidiárias estrangeiras no Brasil O Simples Nacional pode parecer, à primeira vista, a escolha ideal para empresas de pequeno porte no Brasil: alíquotas menores, menor carga burocrática e arrecadação unificada. Mas para subsidiárias controladas por investidores estrangeiros, essa opção praticamente nunca se concretiza. Neste artigo, explicamos por que o Simples Nacional não é viável para empresas com capital estrangeiro, quais são os riscos de um enquadramento indevido e quais são as alternativas mais seguras e compatíveis com esse tipo de operação. O que é o Simples Nacional? O Simples Nacional é um regime tributário simplificado, criado para beneficiar micro e pequenas empresas brasileiras com: Faturamento anual de até R$ 4,8 milhões; Carga tributária reduzida; Recolhimento unificado de tributos federais, estaduais e municipais; Menor complexidade nas obrigações acessórias. Apesar de parecer atrativo, o Simples não está disponível para empresas com participação estrangeira, com raríssimas exceções. Por que subsidiárias estrangeiras não podem optar pelo Simples Nacional? A legislação brasileira impõe diversas vedações ao Simples Nacional, especialmente para empresas com estrutura societária internacional. Abaixo, os principais motivos: 1. Capital estrangeiro na sociedade Empresas com sócios pessoa jurídica sediados no exterior não podem aderir ao Simples; Exceções são raríssimas e exigem avaliação jurídica detalhada, geralmente aplicável a exportadoras de serviços. Conclusão: se a subsidiária brasileira for controlada pela matriz estrangeira, o Simples está fora de alcance. 2. Limite de receita bruta O Simples é exclusivo para empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões; Subsidiárias frequentemente iniciam com contratos já estabelecidos ou planos de crescimento acelerado, ultrapassando esse limite rapidamente. 3. Natureza da atividade Diversos setores são automaticamente impedidos de participar do Simples Nacional, como: Instituições financeiras e empresas de factoring; Prestadoras de cessão de mão de obra; Empresas de transporte interestadual e de energia; Indústrias de bebidas alcoólicas, armas, cigarros e combustíveis; Atividades ligadas à locação ou incorporação imobiliária. A Receita Federal publica uma lista de CNAEs impeditivos, e mesmo atividades não exercidas na prática — mas incluídas no CNPJ — podem inviabilizar a adesão ao regime. 4. Estrutura societária Além do capital estrangeiro, outras vedações se aplicam, como: Sócios pessoas jurídicas; Sócios residentes no exterior; Empresas com participação em outras empresas; Filiais de empresas estrangeiras; Empresas constituídas como S.A. ou cooperativas; Resultantes de cisão ou desmembramento nos últimos 5 anos. Riscos do enquadramento indevido no Simples Nacional Tentar aderir ao Simples Nacional mesmo estando impedido pode trazer sérias consequências: Desenquadramento retroativo com cobrança integral dos tributos devidos no regime real ou presumido; Aplicação de multas e juros por omissão ou erro; Impacto reputacional junto à matriz, investidores e autoridades reguladoras; Bloqueios na remessa de lucros ao exterior e complicações fiscais futuras. Ou seja: o custo do erro pode ser muito maior do que os supostos benefícios do Simples. Quais são as alternativas ao Simples Nacional para subsidiárias estrangeiras? Para empresas com capital internacional, os dois regimes mais indicados são: Lucro Presumido Simples de apurar, com alíquotas fixas sobre o faturamento; Faturamento permitido de até R$ 78 milhões/ano; Menor flexibilidade para planejamento tributário; Ideal para empresas com margem elevada e operações mais padronizadas. Lucro Real Recomendado para empresas com margens apertadas ou operações complexas; Obrigatório em determinados setores ou se ultrapassado o limite do presumido; Permite uso de deduções fiscais e planejamento, como Juros sobre Capital Próprio (JCP); Exige apuração contábil detalhada e controles mais robustos. A escolha entre Lucro Real ou Presumido deve considerar o modelo de negócio, volume de receitas e perfil de despesas da empresa. Um parceiro de BPO experiente pode realizar simulações e orientar a decisão com base técnica e estratégica. O papel do BPO na definição do regime tributário ideal Empresas estrangeiras que contam com um BPO contábil e fiscal especializado ganham agilidade, segurança e previsibilidade desde o primeiro dia de operação no Brasil. O que o BPO pode fazer: Avaliar a elegibilidade tributária e orientar o melhor regime; Simular cenários comparativos entre Lucro Real e Presumido; Ajustar a estrutura societária e objeto social aos requisitos legais; Cumprir com rigor todas as obrigações acessórias mensais e anuais; Garantir governança, compliance e alinhamento com a matriz internacional. Regime adequado é sinônimo de segurança e estratégia O Simples Nacional não é para subsidiárias com participação estrangeira — e insistir nessa opção pode trazer riscos financeiros e legais importantes. Mais importante do que escolher o regime mais barato, é escolher o regime mais adequado e sustentável, garantindo conformidade fiscal, governança e eficiência tributária no Brasil. Fale com nossos especialistas e descubra como estruturar sua operação com previsibilidade, segurança jurídica e foco no longo prazo.
SAIBA MAISQUEM SOMOS
Warning: Undefined array key "descricao" in /home/bernhoeft/www/wp-content/themes/cartello/page-quem-somos.php on line 16
Somos gente!
Aqui na Bernhoeft, somos uma mistura boa que conta com mais de 800 profissionais por todo o Brasil unindo expertise e ousadia para entregar excelência.
Atuamos com empresas de diferentes portes e segmentos oferecendo soluções em Cálculos Judiciais, Consultoria Tributária, Gestão de Terceiros e BPO Contábil, Financeiro, Tributário e Gestão de Folha de Pagamento.
Está em nosso DNA inovar sem medo de errar. Aqui, nós aprendemos, desaprendemos e reaprendemos a todo instante.
E o mais legal disso tudo é que somos parte de um mesmo time, #SomosTodosBernhoeft.
Propósito
Entregar valor de maneira descomplicada e humanizada
nosso manifesto
Blog
Como montar uma operação eficiente no Brasil desde o primeiro dia Lições práticas para subsidiárias estrangeiras que querem acertar na implantação Montar uma operação no Brasil exige mais do que um bom plano de negócios. O ambiente regulatório brasileiro — repleto de especificidades contábeis, fiscais e trabalhistas — demanda uma implantação cuidadosa e estratégica desde o início. Neste conteúdo, reunimos boas práticas de implantação de subsidiárias estrangeiras no Brasil, com foco em estruturação sólida e compliance desde o primeiro dia. Antes do contrato social: passos invisíveis que fazem toda a diferença A operação de uma empresa no Brasil não começa com o contrato social. Existem etapas prévias, muitas vezes negligenciadas, que impactam diretamente a segurança jurídica e a eficiência operacional da nova subsidiária. Checklist inicial para estruturação societária: Definir administrador ou procurador residente no Brasil; Obter CPF/CNPJ dos investidores estrangeiros; Traduzir e apostilar documentos no país de origem; Registrar os documentos em cartórios brasileiros; Estabelecer razão social, objeto social, capital e endereço fiscal; Avaliar necessidade de registro no Banco Central via RDE-IED (Investimento Estrangeiro Direto). Esses passos evitam retrabalho e reduzem riscos legais na formalização da nova empresa. Como estruturar a operação no Brasil: um checklist completo Uma operação eficiente no Brasil depende de planejamento multidisciplinar. A seguir, veja os pilares essenciais: Contábil Definição do plano de contas alinhado à matriz; Escolha do regime contábil e padrão de relatórios; Preparação para ECD, ECF e reconciliações mensais. Fiscal Definição do regime tributário ideal (Lucro Real ou Presumido); Classificação correta de NCM, CST e CFOP; Integração com o ERP para emissão e recebimento de notas; Planejamento de SPEDs, DCTFWeb, eSocial, EFDs e outras obrigações acessórias. Trabalhista e RH Definição de cargos e modelos de contratação (CLT, PJ, estagiário); Análise de convenções coletivas aplicáveis; Implantação de admissões digitais, controle de ponto e gestão de benefícios; Planejamento de encargos e provisões trabalhistas. Tecnologia e integrações ERP homologado e compatível com a legislação brasileira; Integração entre ERP, contabilidade, fiscal e folha de pagamento; Infraestrutura para armazenamento seguro de XMLs e backups. Controles internos Segregação de funções entre compras, aprovações e pagamentos; Rotinas de reconciliação contábil e análise de resultados; Matriz de autorizações para tomada de decisão segura. O papel estratégico do BPO na implantação de subsidiárias estrangeiras Empresas que escolhem o parceiro certo de BPO contábil e fiscal desde o início evitam os erros mais comuns na implantação. Um BPO especializado entrega muito mais do que execução operacional: O que um BPO eficiente entrega na implantação: Suporte técnico na elaboração do contrato social e regime tributário; Parametrização de cadastros fiscais e apoio na configuração do ERP; Assessoria trabalhista para prevenção de riscos e adequação à legislação local; Rotinas de controle e cronogramas adaptados à operação; Tradução das exigências da matriz para a realidade brasileira. Além disso, um BPO estratégico atua com escuta ativa, entendendo os objetivos da empresa no Brasil para propor soluções alinhadas ao curto, médio e longo prazo. Onboarding contábil e fiscal: onde não se pode errar Logo nos primeiros meses de operação, erros como atrasos, falhas de comunicação ou entregas desconectadas da realidade da matriz podem comprometer a confiança e o desempenho da subsidiária. Por isso, é essencial alinhar: Fluxos de comunicação claros; Expectativas de serviço e qualidade de entrega; Governança das informações desde o início. Montar uma operação no Brasil com eficiência: o segredo está no início Empresas que se destacam como subsidiárias estrangeiras no Brasil têm um ponto em comum: começaram com planejamento, apoio técnico e foco no longo prazo. Contar com um BPO que entende os desafios locais, que atua de forma integrada com a matriz e que entrega mais do que obrigações acessórias faz toda a diferença. Fale com nossos especialistas e inicie sua operação com segurança, fluidez e estratégia — desde o primeiro dia.
SAIBA MAISReforma Tributária e o Setor de Tecnologia: Impactos, Desafios e Oportunidades O que muda com a Reforma Tributária para empresas de tecnologia A Reforma Tributária no Brasil representa uma das transformações fiscais mais profundas das últimas décadas. Para o setor de tecnologia — altamente escalável, digital e com operações complexas — os efeitos vão muito além da substituição de tributos. Modelos de negócio precisarão ser revistos. A precificação, os contratos e a estrutura de créditos tributários também deverão passar por ajustes relevantes. Empresas de SaaS, marketplaces, serviços digitais e licenciamento de software serão diretamente impactadas por: Novos regimes tributários; Regras mais rígidas de compliance; Tributação no destino do consumo. Neste artigo, você entenderá os principais impactos e como empresas tech podem se preparar — e até se beneficiar — desse novo cenário fiscal. 1. Modelo de negócio e o desafio da não cumulatividade Com a Reforma, tributos como PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS serão substituídos por dois novos: CBS (federal) e IBS (estadual e municipal). Ambos seguirão o princípio da não cumulatividade plena, o que muda significativamente a lógica da tributação atual. O que isso representa para empresas de tecnologia: Fim da opção por regime cumulativo para PIS e Cofins; Obrigatoriedade de apuração no modelo não cumulativo; Restrição ao crédito sobre despesas com folha de pagamento, um dos maiores custos do setor tech. Resultado: possível aumento da carga tributária e impacto direto na margem de lucro. Empresas precisarão revisar seu modelo de contratação, estratégias de precificação e, muitas vezes, repensar sua estrutura de crescimento. 2. Tributação no destino: impacto para SaaS, e-commerce e serviços online Outro grande impacto da Reforma Tributária é a adoção da tributação no destino. O imposto passa a ser recolhido com base no local do consumidor final, e não na sede da empresa prestadora. Isso traz desafios como: Adequação de ERPs e sistemas fiscais para definir alíquotas por localidade; Revisão de contratos e políticas de precificação regionais; Necessidade de compliance fiscal em tempo real, com risco elevado de autuações; Reestruturação da lógica de rateio de receitas e roteamento fiscal, especialmente para marketplaces e plataformas digitais. Empresas que atuam com vendas automatizadas precisarão repensar a forma como operam e como priorizam mercados regionais. 3. Fim da guerra fiscal e os novos critérios de localização Com a unificação dos tributos, os tradicionais incentivos fiscais regionais (a chamada guerra fiscal) deixam de existir. Isso muda completamente a lógica de instalação de: Data centers; Centros de desenvolvimento; Filiais em regiões com regimes favorecidos. Agora, a localização passará a depender de fatores como: Disponibilidade de talentos; Conectividade e infraestrutura; Proximidade dos centros de consumo. Além disso, o aproveitamento de créditos será mais controlado nacionalmente, exigindo ajustes nos sistemas contábeis e melhor classificação de despesas e insumos. 4. E os regimes especiais e incentivos à inovação? Iniciativas como a Lei do Bem, a Lei da Informática e outros incentivos à inovação ainda não têm uma definição clara dentro do novo modelo tributário. Empresas que se beneficiam desses programas precisarão: Reavaliar projetos de P&D; Garantir documentação robusta para comprovação; Acompanhar de perto os desdobramentos da transição. Regimes simplificados para startups e empresas de pequeno porte também estão sob análise, e ajustes poderão ser necessários. 5. Hora de agir: o planejamento como diferencial competitivo Apesar da complexidade, a Reforma também representa uma oportunidade real de ganho de eficiência para empresas de tecnologia que se planejarem com antecedência. Empresas que já contam com: ERPs atualizados; Integrações via RPA; BPO contábil e tributário com visão estratégica; ...sairão na frente na adaptação ao novo modelo. Além da operação fiscal, é hora de revisar: Estrutura societária; Modelo de contratação e prestação de serviços; Planejamento tributário de longo prazo; Governança e compliance integrados. Por que contar com um BPO especializado faz a diferença No novo cenário, contar com um BPO tributário e contábil que entenda a fundo as operações do setor de tecnologia será essencial para: Garantir conformidade técnica; Apoiar na simulação de cenários fiscais; Implementar rotinas inteligentes de apuração e controle; Propor ajustes que preservem margem e segurança jurídica. Mais do que cumprir obrigações, o BPO passa a ser um facilitador da performance empresarial e da integração com a matriz internacional. O setor tech precisa se antecipar A Reforma Tributária no setor de tecnologia vai exigir agilidade, estratégia e muito planejamento. Empresas que se anteciparem à transição terão vantagem competitiva, maior previsibilidade e estrutura fiscal mais eficiente. Fale com nossos especialistas e descubra como adaptar sua operação de forma segura, estratégica e alinhada à nova realidade tributária.
SAIBA MAISA transformação da contabilidade no Brasil Durante muitos anos, a contabilidade no Brasil foi considerada uma área operacional, com foco em cumprimento de obrigações legais, apuração de tributos e entrega de declarações ao Fisco. Mas esse cenário mudou. Impulsionada pela digitalização, pela demanda por governança e por práticas mais sofisticadas de gestão, a contabilidade brasileira evoluiu. Hoje, ela ocupa um papel estratégico, apoiando empresas na tomada de decisão e na criação de valor — especialmente no contexto de subsidiárias de grupos estrangeiros. O novo papel da contabilidade estratégica A contabilidade deixou de ser apenas um repositório de dados do passado. Agora, é um instrumento de controle, previsibilidade e suporte à estratégia da empresa. Quando bem estruturada, ela: Fornece informações em tempo real para decisões mais assertivas; Garante rastreabilidade contábil e fiscal para auditorias e due diligences; Reduz riscos regulatórios com conformidade às normas locais e internacionais; Oferece visão analítica sobre margens, rentabilidade e liquidez; Sustenta boas práticas de governança com dados confiáveis e consistentes. A contabilidade integrada à gestão empresarial Para cumprir esse novo papel, a contabilidade precisa estar integrada às áreas de controladoria, finanças e RH. Essa conexão entre departamentos evita silos de informação, reduz retrabalho e fortalece a atuação contábil como base real de apoio à gestão. BPO contábil como hub estratégico de dados Com o avanço da terceirização especializada, o BPO contábil se tornou mais do que uma solução de compliance. Ele passou a operar como um hub de dados gerenciais para subsidiárias, entregando insights valiosos à matriz e ao time local. Com o suporte do BPO, é possível: Acompanhar margens por centro de custo ou linha de produto; Avaliar custos por canal de venda ou região; Monitorar endividamento, liquidez e evolução patrimonial; Alinhar relatórios a padrões internacionais (IFRS, USGAAP); Simular cenários contábeis para decisões societárias ou operacionais. Empresas que contam com um BPO focado em gestão têm acesso a relatórios aprofundados, análises técnicas e apoio consultivo no uso dos números — não apenas na sua geração. Contabilidade para subsidiárias de grupos estrangeiros Para empresas multinacionais que atuam no Brasil, o desafio vai além da entrega de obrigações acessórias. É preciso alinhar a contabilidade local à lógica da matriz, com bridge reports, padrões internacionais e integração de sistemas. Quanto mais madura for essa integração entre BPO, ERP e reportes corporativos, maior o valor que a contabilidade gera como suporte estratégico. Conclusão: contabilidade como vetor de performance A contabilidade no Brasil mudou — e continua evoluindo. Para subsidiárias estrangeiras, aproveitar essa transformação é uma oportunidade de tornar a operação mais eficiente, transparente e orientada à performance. Com tecnologia, conhecimento técnico e dados aplicados à realidade do negócio, a contabilidade deixa de ser um fim em si e passa a ser um meio de gerar valor real. Fale com nossos especialistas e entenda como a Bernhoeft pode apoiar sua operação com um BPO contábil estratégico, integrado e alinhado à sua visão global.
SAIBA MAISNossa Missão
Nascemos da vontade de fazer diferente com ousadia e foco em resultados, e por isso a nossa missão é garantir segurança por meio de soluções inteligentes, inovadoras e digitais para somar com o sucesso dos nossos clientes no âmbito da gestão financeira, contábil, trabalhista, tributária e obrigações legais.