A homologação de fornecedores é o processo pelo qual uma empresa avalia e aprova novos parceiros de negócios, garantindo que eles atendam a critérios específicos de qualidade, segurança e conformidade legal. Esse procedimento é essencial para mitigar riscos, proteger a reputação da empresa e assegurar a eficiência na cadeia de suprimentos. A análise de protestos em certidões desempenha um papel crucial nesse processo, especialmente para profissionais de compliance e gestão de riscos com terceiros. Protestos são registros formais de inadimplência que fornecem informações valiosas sobre a saúde financeira e a confiabilidade dos fornecedores. Ignorar esses protestos pode expor a empresa a riscos significativos, como falhas contratuais, interrupções no fornecimento e até problemas legais. Neste blog, vamos discutir o que são os protestos em certidões e sua importância na homologação de fornecedores. Além disso, abordaremos o impacto desses protestos na avaliação de riscos, as consequências da sua omissão e as melhores práticas para mitigar esses riscos, garantindo parcerias mais seguras e confiáveis para as empresas. SAIBA MAIS: Guia completo sobre a Gestão de Terceiros Protestos em certidões: o que são e como funcionam? Protestos em certidões referem-se ao registro formal de inadimplência de uma pessoa física ou jurídica em cartório, geralmente relacionado a dívidas não pagas. Quando um credor não recebe o pagamento de uma obrigação vencida, ele pode recorrer ao protesto para tornar pública a dívida e pressionar o devedor a quitá-la. Esse procedimento tem grande relevância tanto no cenário jurídico quanto financeiro, pois cria um registro oficial acessível a terceiros, como instituições financeiras e potenciais parceiros comerciais. A análise de protestos em certidões é um mecanismo importante para a avaliação de riscos. Empresas com registros frequentes de protestos podem ser vistas como financeiramente instáveis ou com baixa confiabilidade no cumprimento de suas obrigações. Para profissionais de compliance, a verificação desses protestos é essencial, pois serve como uma medida preventiva na gestão de riscos, ajudando a garantir que a empresa não se associe a parceiros que possam comprometer suas operações. Além disso, a consulta a certidões protestadas pode revelar práticas de gestão inadequadas e permitir a antecipação de problemas financeiros. Além dos aspectos financeiros, a análise de protestos pode fornecer uma visão sobre a gestão interna e a saúde organizacional do parceiro. Frequentemente, protestos são indicativos de falta de liquidez, problemas de fluxo de caixa ou até mesmo disputas legais. Compreender a natureza e a frequência desses protestos pode ajudar a prever potenciais interrupções na operação do fornecedor e ajustar estratégias de mitigação de risco conforme necessário. O monitoramento contínuo dos registros de protestos é, portanto, fundamental para antecipar e mitigar problemas antes que eles impactem negativamente a cadeia de suprimentos. Impacto dos protestos na Gestão de Terceiros Identificação de problemas internos Protestos podem ser um indicativo de questões trabalhistas, violações de direitos humanos ou práticas inadequadas de gestão dentro das empresas parceiras. A análise desses problemas é essencial para avaliar o comprometimento do fornecedor com práticas éticas e a manutenção da integridade operacional. Impacto na capacidade de entrega Protestos podem comprometer a habilidade do fornecedor de cumprir prazos e manter os padrões de qualidade esperados. A avaliação da frequência e da natureza dos protestos ajuda a prever o impacto na performance e na continuidade da entrega de serviços ou produtos. Análise do histórico e da reação do fornecedor Considerar o histórico de protestos e a maneira como o fornecedor responde a essas situações ajuda a identificar padrões de comportamento e possíveis problemas crônicos. Protestos recorrentes podem ser um sinal de instabilidade financeira ou operacional, impactando a capacidade de fornecimento. Interrupções na cadeia de suprimentos Protestos podem causar interrupções significativas, afetando a continuidade do fornecimento de produtos e serviços. É necessário avaliar os riscos de interrupções e planejar contingências para garantir que as operações não sejam prejudicadas. Custos adicionais e administração de crises Protestos podem gerar custos extras, como os associados a logística, administração de crises e ajustes contratuais. É importante entender esses custos para negociar termos contratuais mais favoráveis e alocar recursos adequados para a gestão de riscos. Impacto na imagem e reputação Associar-se a fornecedores envolvidos em protestos pode prejudicar a imagem pública da empresa contratante. Avaliar o envolvimento do fornecedor em protestos ajuda a proteger a reputação da empresa e manter a confiança dos clientes e parceiros. Alinhamento com valores e políticas corporativas Protestos podem sinalizar incompatibilidade com os valores e as políticas de responsabilidade social da empresa contratante. Considerar esses aspectos é importante para garantir que os parceiros estejam alinhados com os princípios da empresa, promovendo práticas responsáveis. Riscos financeiros e estabilidade do fornecedor Protestos podem impactar a estabilidade financeira do fornecedor, resultando em custos imprevistos e perda de receita. Avaliar a saúde financeira do fornecedor em relação aos protestos ajuda a prever e mitigar riscos econômicos. Risco de insolvência ou falência Protestos prolongados podem aumentar o risco de insolvência ou falência do fornecedor. Avaliar a resiliência financeira e a capacidade de recuperação do fornecedor é essencial para evitar riscos associados à falência e garantir a continuidade do fornecimento. Consequências da omissão de protestos: riscos jurídicos e comerciais Não conformidade regulamentar: ignorar protestos pode resultar em não conformidade com regulamentações locais e internacionais, especialmente em questões trabalhistas, ambientais ou de direitos humanos. Isso pode acarretar multas e sanções que prejudicam as operações e a imagem no mercado. Associação a práticas questionáveis: empresas que desconsideram protestos correm o risco de serem vistas como envolvidas em práticas de negócios duvidosas, afetando a confiança de investidores e parceiros comerciais. Litígios e custos legais: se um fornecedor não cumprir suas obrigações contratuais ou legais devido a protestos, a empresa pode enfrentar litígios, resultando em custos com defesa legal e danos financeiros. Interrupções na cadeia de suprimentos: protestos frequentes podem causar interrupções na cadeia de suprimentos, afetando a entrega de produtos e serviços, resultando em atrasos e aumento de custos operacionais. Impacto na reputação: trabalhar com parceiros envolvidos em protestos pode prejudicar a reputação da empresa, especialmente se os protestos estiverem relacionados a práticas éticas questionáveis, levando à perda de confiança de clientes e parceiros. Problemas de qualidade e desempenho: fornecedores em situação de protesto podem ter dificuldades em manter padrões de qualidade, resultando em produtos defeituosos ou serviços abaixo do esperado. Desafios na execução de contratos: ignorar protestos pode resultar em desafios na execução de contratos, exigindo a renegociação de termos ou busca de compensações por danos. Vulnerabilidade a auditorias: a omissão de protestos pode levar a falhas na conformidade com políticas internas e externas, tornando a empresa vulnerável a auditorias desfavoráveis e resultando em reputação danificada. Avaliação equivocada de riscos: desconsiderar protestos pode levar a uma avaliação inadequada dos riscos associados aos parceiros, expondo a empresa a ameaças não identificadas e prejudicando sua capacidade de resposta a crises. Melhores práticas para a homologação segura de fornecedores Avaliação inicial e pesquisa detalhada > Realize uma análise minuciosa sobre as causas e os impactos dos protestos relacionados aos fornecedores; > Investigue o histórico de protestos utilizando fontes confiáveis, avaliando os potenciais riscos; > Utilize uma abordagem documentada e sistemática para facilitar decisões informadas. Políticas de avaliação de risco e procedimentos > Desenvolva políticas de avaliação de risco e procedimentos rigorosos para examinar a capacidade do fornecedor de lidar com protestos; > Implemente um sistema de monitoramento contínuo para acompanhar protestos e alertas relacionados aos parceiros. Comunicação e relacionamento com parceiros > Mantenha um diálogo aberto com os fornecedores para tratar de preocupações e buscar soluções antes que se tornem problemas maiores; > A comunicação eficaz ajuda a fortalecer a relação com os parceiros e a resolver questões de forma proativa. Planos de contingência > Elabore planos de contingência para garantir a continuidade das operações em caso de protestos; > Identifique parceiros alternativos e tenha estratégias de backup prontas para mitigar interrupções. Conformidade legal e processos atualizados > Verifique se os fornecedores cumprem todas as leis e regulamentos aplicáveis; > Atualize os processos de homologação regularmente com base em experiências e lições aprendidas. Treinamento e capacitação > Ofereça treinamentos regulares sobre gestão de riscos e estratégias de comunicação eficazes; > Promova workshops para conscientizar as equipes sobre a relevância dos protestos na avaliação de parceiros. Documentação e relatórios > Mantenha registros detalhados de todas as avaliações e ações tomadas; > Prepare relatórios periódicos sobre o status dos parceiros e a gestão de riscos para garantir transparência. Uso de ferramentas tecnológicas > Considere a adoção de softwares especializados para análise e monitoramento de protestos; > Ferramentas tecnológicas podem oferecer insights mais detalhados, permitindo identificar padrões e mitigar riscos emergentes. > Essas práticas ajudam a fortalecer a homologação segura de parceiros, minimizando riscos e mantendo a continuidade operacional em caso de protestos. LEIA MAIS: Homologação de fornecedores, como mitigar riscos? Como a Bernhoeft pode te ajudar? Somos pioneiros na Gestão de Terceiros, trabalhamos há 20 anos garantindo a segurança e sustentabilidade não só no momento da contratação de parceiros, mas em todas as fases do contrato. Através de especialistas e com o uso de tecnologias avançadas, asseguramos a responsabilidade socioambiental e a segurança financeira através do processo de Homologação dos seus parceiros. Para conhecer um pouco mais sobre a abrangência de nossos serviços e nossa abordagem, entre em contato conosco. Escrito por: Sandoval Malta | Aprendiz de Gestão de Riscos com Terceiros
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A recente Lei nº 14.973/2024, publicada em 16 de setembro, traz benefícios importantes para quem deseja otimizar a gestão patrimonial. Essa legislação permite a possibilidade de atualização do valor de imóveis para o valor de mercado, proporcionando mais transparência e eficiência tributária tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. Essa recente alteração é relevante para as empresas porque permite a atualização do valor dos imóveis constantes no ativo permanente de seu balanço patrimonial e para as pessoas físicas referente aos bens imóveis já informados na DIRPF. Atualização de Imóveis Para quem possui imóveis declarados, seja pessoa física ou jurídica, a nova lei permite atualizar esses bens pelo valor de mercado, pagando uma alíquota reduzida sobre o ganho de capital gerado. Ou seja: Pessoa física: pode atualizar o valor dos imóveis já declarados, tributando a diferença positiva com alíquota de 4% no IRPF. Pessoa jurídica: a atualização dos imóveis permanentes no balanço patrimonial será tributada em 6% no IRPJ e 4% na CSLL. Essa oportunidade não só permite a regularização de patrimônios, como também minimiza impactos fiscais futuros, especialmente no momento de venda desses ativos. Caso o imóvel seja vendido nos próximos 15 anos, haverá uma tributação proporcional ao tempo decorrido desde a atualização. Regime Especial de Regularização Geral (RERCT-Geral) Além da atualização de imóveis, a Lei nº 14.973/2024 institui o RERCT-Geral, um regime que possibilita a regularização de recursos e bens mantidos no Brasil ou no exterior que tenham sido declarados incorretamente ou não declarados. Entre os itens que podem ser regularizados estão: Depósitos bancários; Criptomoedas; Cotas de fundos de investimento; Operações de empréstimo com pessoa física ou jurídica; Ativos intangíveis disponíveis no Brasil ou no exterior; Bens imóveis e veículos. A adesão ao RERCT-Geral garante não só a regularização fiscal, como também dispensa multas e penalidades criminais para quem optar por declarar voluntariamente. O prazo para adesão é de 90 dias a partir da publicação da lei, com uma alíquota de 30% (sendo 15% do imposto de renda e 15% da multa) sobre os valores de mercado dos ativos em 31 de dezembro de 2023. Como isso pode beneficiar você? Ao optar por essas atualizações e regularizações, você e/ou sua empresa poderão: Reduz a carga tributária sobre o patrimônio; Evita sanções fiscais e legais; Obter maior transparência e segurança na gestão patrimonial. Comparativo entre o novo RERCT-Geral e o regime anterior O novo RERCT-Geral representa um avanço em relação ao regime anterior, oferecendo mais flexibilidade, simplificação dos procedimentos e benefícios mais atrativos. Ao ampliar o escopo, reduzir as alíquotas e multas e simplificar os procedimentos, o novo regime busca promover a adesão dos contribuintes e promover a regularização fiscal. É esperado uma adesão ainda maior dessa vez, lembrando que a primeira edição do RERCT aconteceu no ano de 2016 e gerou arrecadação de R$ 45 bilhões. Escopo e abrangência: Novo RERCT-Geral: apresenta um escopo mais amplo, abrangendo uma gama maior de bens e direitos, incluindo aqueles adquiridos após a vigência do regime anterior. Além disso, o novo regime busca simplificar os procedimentos e reduzir a burocracia. Regime anterior: tinha um escopo mais restrito, focando em bens e direitos adquiridos até determinados dados. Os procedimentos eram mais complexos e burocráticos. Bens e Direitos: Novo RERCT-Geral: permite a regularização de uma variedade maior de bens e direitos, incluindo bens imobiliários, veículos, contas bancárias no exterior, investimentos, entre outros. Regime anterior: tinha uma lista mais restrita de bens e direitos passíveis de regularização. Alíquotas e multas: Novo RERCT-Geral: as alíquotas e multas podem variar de acordo com o tipo de bem ou direito regularizado e o prazo de adesão ao programa. Em geral, as alíquotas são mais atrativas e as multas menores em relação ao regime anterior, incentivando a adesão dos contribuintes. Regime anterior: as alíquotas e multas eram, em alguns casos, consideradas elevadas, o que desestimulava a adesão de muitos contribuintes. Prazos: Novo RERCT-Geral: os prazos para adesão ao programa e para o pagamento das parcelas podem variar de acordo com o tipo de bem ou direito regularizado. Em geral, os prazos são mais flexíveis em comparação com o regime anterior. Regime anterior: os prazos de adesão e pagamento eram mais rígidos, o que dificultava a adesão de muitos contribuintes. Procedimentos: Novo RERCT-Geral: os procedimentos para adesão ao programa foram simplificados, tornando o processo mais ágil e eficiente. A declaração de bens e direitos pode ser feita de forma eletrônica, o que facilita a vida do contribuinte Regime anterior: os procedimentos eram mais complexos e burocráticos, exigindo a apresentação de uma grande quantidade de documentos. Benefícios: Novo RERCT-Geral: além da possibilidade de regularizar bens e direitos, o novo regime oferece outros benefícios, como a possibilidade de parcelamento das dívidas e a redução de juros e multas. Regime anterior: os benefícios eram mais limitados, focando principalmente na regularização de bens e direitos. É claro que estamos falando de legislação, apesar do tema ser objetivo, a lei traz diversas nuances que devem ser observadas por uma equipe técnica. Como nós podemos te ajudar! Nós oferecemos suporte completo para ajudar você a navegar por esse processo, implementação das atualizações e regularizações dentro da lei. Aproveite esta oportunidade para reorganizar sua estrutura patrimonial e garantir a conformidade com as novas exigências fiscais. Entre em contato conosco e receba o apoio para se beneficiar dessas vantagens fiscais!
SAIBA MAISOs ritos de cultura são práticas ou rituais corporativos, geralmente planejados, que refletem e reforçam os valores, crenças e princípios de uma organização. São ações simbólicas e/ou rotineiras que ajudam a fortalecer a cultura organizacional, que marcam acontecimentos importantes e são pensados justamente para conectar os colaboradores à visão e aos objetivos da empresa. Esses ritos podem se manifestar de diferentes formas, como cerimônias de reconhecimento, reuniões periódicas, celebrações de conquistas ou em atividades mais informais, como happy hours ou momentos de descontração. Na prática, os ritos de cultura têm o intuito de consolidar a identidade da empresa, promover o engajamento dos colaboradores e alinhar as atitudes e comportamentos às expectativas organizacionais. Eles ajudam a criar um senso de pertencimento e reforçam os valores da empresa, permitindo que todos se sintam parte de um propósito maior. Para empresas que buscam integrar a cultura organizacional ao seu dia a dia de forma eficaz, adotar os ritos de cultura permite sair do abstrato e tornar tangível através de ações práticas. No contexto de uma empresa B2B, em que muitas vezes o foco está nos resultados e processos, implementar ritos de cultura ajuda a criar um ambiente humano, coeso e colaborativo, o que impacta diretamente a performance, a retenção de talentos e o desenvolvimento de lideranças. A relação entre ritos de cultura e a experiência do colaborador Os ritos de cultura têm uma relação direta e significativa com a experiência do colaborador, pois ajudam a moldar o ambiente de trabalho e a maneira como os profissionais percebem e vivenciam a empresa no dia a dia. Esses ritos criam momentos que vão além das rotinas operacionais, oferecendo oportunidades de conexão, reconhecimento e celebração. Quando bem implementados, reforçam os valores e a identidade da empresa, proporcionando uma experiência mais positiva e alinhada aos propósitos organizacionais. Por exemplo, ritos de reconhecimento público por boas performances, como eventos de premiação ou menções em reuniões, fazem com que o colaborador se sinta valorizado, aumentando seu senso de pertencimento. Já ritos de socialização, como happy hours, celebrações de aniversários ou eventos internos, promovem a integração entre as equipes, fortalecendo os laços interpessoais e criando um ambiente de trabalho mais acolhedor. Além disso, os ritos ajudam a criar uma previsibilidade positiva no ambiente de trabalho, mostrando que a empresa tem rituais que reconhecem, apoiam e incentivam os colaboradores. Isso melhora a percepção de que o local de trabalho vai além de um espaço de tarefas, mas também um ambiente que valoriza o bem-estar e o crescimento pessoal. Para se ter uma noção de como os ritos de cultura são reforços para uma cultura organizacional mais enraizada, a empresa Gallup fez uma pesquisa no intuito de entender como os profissionais que se sentem fortemente conectados com a cultura organizacional atuam. Foi percebido que: São 4x mais engajados; São 5.8x mais propensos em apontar a empresa como um ótimo lugar para trabalhar; 62% menos provável sentir-se esgotado no trabalho com muita frequência ou sempre; 43% menos provável estar atento a oportunidades de emprego ou procurando ativamente outro emprego. Nesse mesmo estudo, foi identificado que apenas 2 em cada 10 funcionários se sentiam conectados à cultura do seu trabalho. Isso é um dado bastante relevante. Um outro dado importante a ser mencionado é o de que os líderes da organização tendem a estar mais alinhados com a cultura, mas não enxergam essa entrega de sua equipe. De um certo modo, é importante que essa alta gestão se observe mais próxima dos valores e da cultura da organização, afinal, são eles que exercem influência no restante da empresa. Mas, essas informações tão discrepantes nos fazem chegar a uma conclusão: o que fazer para reforçar a cultura de uma empresa? Como criar ritos de cultura que fortalecem a identidade da empresa Esse movimento de criar ritos de cultura que fortaleçam a identidade da empresa exige uma abordagem estratégica que alinhe as práticas culturais aos valores e objetivos organizacionais. Não seguir uma lógica que siga as diretrizes da organização, pode causar confusão aos colaboradores, ao mesmo tempo que não fará sentido ao longo do tempo. A ideia é criar uma atmosfera em que tudo esteja conectado. Portanto, alguns pontos são importantes! Um passo muito importante aqui na Bernhoeft foi a criação do nosso manifesto de cultura. Ele é um pilar que indica os caminhos que devemos seguir e é 100% enraizado no dia a dia, nos trabalhos que fazemos e nos nossos colaboradores. É ele que, inclusive, guia muito dos ritos que implementamos. Leia: RH Estratégico na prática - Café com RH Percebemos que muitas empresas conseguem elaborar alguns ritos, mas não se sustentam. Podemos indicar, com muita propriedade, que parte desse 'fracasso' se dá pelo desalinhamento das iniciativas aos objetivos estratégicos e ao pouco engajamento das pessoas chave. Portanto: ➡️ Identifique os valores e a missão da empresa Antes de criar ritos de cultura, tenha clareza dos valores, missão e a visão da empresa. Esses pilares devem ser o guia para a construção dos ritos, garantindo que reflitam a essência do que a organização representa. Por exemplo, se a empresa valoriza inovação, pode-se instituir ritos que celebrem ideias criativas ou projetos inovadores. ➡️ Desenhe as necessidades e desejos dos colaboradores Para que os ritos sejam significativos, é importante entender as expectativas e desejos dos colaboradores. O envolvimento deles na criação desses ritos pode ser feito por meio de pesquisas internas, feedbacks constantes e escuta ativa. Isso garante que os ritos não sejam impostos, e sim integrados à rotina de maneira natural. ➡️ Crie ritos que sejam autênticos e relevantes Os ritos precisam ser genuínos e conectados ao propósito da empresa. Eles não devem ser apenas gestos superficiais, mas momentos que realmente reforcem a identidade da organização. Aqui a ideia é aplicar um momento que seja produtivo e aspire verdade para quem participa. Por exemplo, em uma empresa que valoriza a colaboração, ritos como reuniões abertas, onde todos podem contribuir, ou workshops colaborativos, podem fortalecer esse valor na prática. ➡️ Garanta consistência e frequência Ritos eficazes devem ser regulares e consistentes. Se um rito acontece de forma esporádica ou é facilmente abandonado, ele perde seu impacto. É o que já falamos anteriormente, é preciso ter verdade na elaboração e conexão com o propósito da empresa, só assim haverá finalidade na ação. Estabelecer uma frequência adequada e manter a continuidade desses ritos ao longo do tempo é essencial para que eles se tornem parte da identidade organizacional. ➡️ Adapte conforme a empresa evolui À medida que a empresa cresce ou muda de direção, os ritos de cultura também precisam evoluir. Revisitar regularmente os ritos existentes para garantir que ainda fazem sentido e estão alinhados com os novos contextos é uma prática saudável. Isso evita que se tornem tradições vazias. Tipos de Ritos de Cultura Existem diferentes tipos de ritos de cultura que podem ser implementados. É possível usá-los individualmente ou em combinação para atender às necessidades da empresa. Cada tipo de rito cumpre um papel específico, ajudando a reforçar os valores. Ritos de Integração Esses ritos têm como objetivo integrar novos colaboradores à cultura da empresa. Eles ajudam a reduzir a ansiedade e a sensação de estranhamento dos novos membros, promovendo um acolhimento caloroso e uma compreensão clara das normas e expectativas da organização. Aqui na Bernhoeft nós implementamos o onboarding, é o acolhimento dos novos colaboradores. Todo mês reunimos as pessoas que estão entrando na empresa em um chat on-line com algumas lideranças, que explicam um pouco sobre a Bernhoeft, sobre nosso manifesto de cultura, informações práticas como salário, feriados, ponto. Isso diminui a sensação de solitude do novo funcionário. Exemplos: programas de onboarding, cerimônias de boas-vindas, tours pela empresa, apresentações formais de novos colaboradores à equipe. Ritos de Reconhecimento Ritos de reconhecimento são movimentos que destacam e celebram conquistas, tanto individuais quanto coletivas, reconhecendo o desempenho e o esforço dos colaboradores. Na Bernhoeft promovemos um rito chamado Café e Cultura, é um momento para celebrarmos as conquistas e reconhecer as pessoas. Não falamos de problemas e olhamos para as conquistas para comemorarmos juntos. Tem muito a ver com a nossa cultura. Além disso, nossa cultura é naturalmente de reconhecimento. Nossas lideranças estimulam suas equipes e os reconhece abertamente em reuniões semanais e na intranet. Também enviamos pesquisas de satisfação para os nossos clientes que podem opinar sobre seu atendimento, essas pessoas ganham destaque público. Exemplos: prêmios de “Colaborador do Mês”, cerimônias de entrega de prêmios, reconhecimentos públicos durante reuniões, menções em newsletters internas. Ritos de Passagem Marcam transições importantes dentro da empresa, como promoções, mudanças de cargo ou aposentadoria. Eles ajudam a formalizar e dar destaque a momentos de transformação na carreira de um colaborador, reforçando o valor que a organização dá a essas etapas. Exemplos: cerimônias de promoção, festas de despedida para aposentadoria, celebrações de aniversário de tempo de casa. Ritos de Renovação Estes ritos têm a função de revitalizar e reafirmar a cultura da empresa, atualizando a visão e os objetivos em momentos de mudanças ou crises. Eles são particularmente úteis durante períodos de transformação organizacional, como reestruturações, fusões ou novas direções estratégicas. Aqui na Bernhoeft nós temos um rito anual específico que é o ‘Play no Planejamento Estratégico’. Todas as lideranças, de todos os setores, se reúnem ao longo de meses, com seus pares e suas equipes, para entender o que será feito no próximo ano. Isso inclui mudanças estruturais, orçamentos, compras de materiais (físicos ou digitais), entre outros. Exemplos: workshops de realinhamento de visão e valores, conferências internas para discutir o futuro da empresa, reuniões de planejamento estratégico anual. Ritos de Socialização Ritos de socialização são focados na criação de oportunidades para os colaboradores se conectarem de maneira mais informal. Eles promovem o espírito de equipe, fortalecem os laços interpessoais e criam um senso de comunidade dentro da empresa. Nós somos fãs de encontros. Apesar de sermos uma empresa majoritariamente híbrida, com colaboradores vivendo por todo o Brasil, fazemos questão de reunir as equipes em datas estratégicas, como final de ano, para celebrar nossas conquistas e a reafirmar o compromisso com o crescimento de todos. Além disso, promovemos retiros para as lideranças se conectarem e tirarem um tempo para si. Exemplos: happy hours, confraternizações de fim de ano, almoços de equipe, eventos esportivos ou culturais patrocinados pela empresa. Retiro dos sócios - encontro anual | 2024. Retiro de liderança das áreas de suporte - encontro anual | 2024 Ritos de Comunicação Estes ritos têm o objetivo de garantir a transparência e o alinhamento entre todos os níveis da organização. Eles são focados em compartilhar informações importantes e envolver os colaboradores nas decisões e estratégias da empresa. Dentro da Bernhoeft implementamos uma retrospectiva das áreas de negócio, o ‘Bern 360º’, ele acontece a cada três meses e é um panorama geral de todas as áreas apresentada por nosso sócio fundador, Luiz Carlos. Exemplos: reuniões semanais ou mensais de atualização, town halls, newsletters internas, encontros com a liderança. Ritos de Inovação Ritos de inovação são criados para incentivar a criatividade e a geração de novas ideias dentro da empresa. Eles ajudam a promover um ambiente onde a inovação é valorizada e apoiada, reforçando a cultura de melhoria contínua. Aqui na Bernhoeft nós premiamos ideias inovadoras que podem melhorar o dia a dia ou poupar recursos. Além disso, promovemos hackatons nas áreas de negócio para entender como é possível potencializar os resultados dos nossos clientes e mitigar riscos dentro da nossa operação. Exemplos: hackathons internos, competições de ideias inovadoras, eventos de brainstorming coletivo, sessões de design thinking. Hackaton da área Contábil e Tributário | 2024 Ritos de Suporte ou Cuidado Esses ritos são voltados para o bem-estar dos colaboradores, mostrando que a empresa valoriza não apenas o desempenho profissional, mas também a saúde física e mental da equipe. Aqui na Bernhoeft nós promovemos encontros com convidados externos que possam falar sobre temas que enxergarmos ser importantes para o desenvolvimento e o bem-estar dos nossos colaboradores. Por exemplo, encontros com Joaquim Barbosa, Doutor em Psicologia, para falar sobre setembro amarelo, gratidão, entre outros assuntos. Exemplos: programas de apoio emocional, semanas de bem-estar, pausas institucionais para relaxamento, sessões de mindfulness ou yoga. Exemplos de ritos de cultura em empresas de sucesso Google: o TGIF (Thank God It's Friday) é um ritual que o Google aplicou para incentivar a comunicação aberta e transparente entre a liderança e os colaboradores. Essa prática, que se tornou uma marca registrada da cultura da empresa, tem como objetivo principal manter todos os funcionários informados sobre as notícias da empresa, além de fornecer um espaço para que dúvidas e sugestões sejam apresentadas. Os temas abordados no TGIF são variados, vão desde atualizações sobre produtos e serviços até discussão sobre a cultura da empresa e os valores da marca. Zappos: o The Offer é um ritual singular da Zappos que, além de ser um rito de passagem, representa um compromisso profundo com a cultura da empresa. É um convite para que os novos colaboradores internalizem os valores da Zappos e decidam se querem fazer parte daquela jornada. Após um período de treinamento intensivo, em que os novos colaboradores são imersos na cultura da Zappos e aprendem seus princípios, eles recebem uma oferta especial. Essa oferta geralmente inclui uma quantia para que o novo colaborador possa reconsiderar se a Zappos é o lugar ideal para ele. A Zappos acredita que a felicidade e o bem-estar dos colaboradores são fundamentais para o sucesso da empresa. Oferecer essa opção demonstra um respeito genuíno pelas escolhas individuais e garante que as pessoas que fazem parte da equipe estejam realmente comprometidas com a cultura da empresa. HubSpot: o “Show and Tell” é um ritual de cultura que reflete a valorização contínua da empresa pelo aprendizado, trabalho e transparência. Nesses momentos, as equipes se reúnem para apresentar seus projetos, compartilhar conhecimentos e receber feedback de seus colegas. A dinâmica do rito costuma variar, mas geralmente acontece dessa maneira: pode ser um projeto específico, uma nova ferramenta, um desafio superado ou qualquer outro assunto relevante para a equipe. Os apresentadores preparam uma apresentação concisa e envolvente, destacando os principais pontos do projeto e os aprendizados obtidos. Durante a apresentação, os apresentadores têm a oportunidade de compartilhar seus conhecimentos e experiências com os demais membros da equipe. Após a apresentação, os participantes podem fazer perguntas e dar feedback. A equipe pode discutir os temas apresentados e identificar oportunidades de melhoria. Airbnb: o “One Airbnb” é um rito de cultura que representa um compromisso da empresa em construir uma cultura global, onde todos os funcionários, independentemente de sua localização, se sintam conectados e parte de um mesmo propósito. O programa “One Airbnb” incentiva a troca de experiências e conhecimentos entre os funcionários de diferentes países e departamentos através de viagens de treinamento, eventos online, grupos de trabalho virtuais e programas de mentoria. Ferramentas para medir o impacto dos Ritos de Cultura Medir o impacto dos ritos de cultura é importante para garantir que essas práticas estão realmente contribuindo para a cultura organizacional e para os objetivos estratégicos da empresa, mas ainda há uma grande dificuldade em mensurar essa evolução em dados concretos. Há algumas abordagens e ferramentas disponíveis que podem ajudar a avaliar o sucesso e os efeitos dos ritos de cultura. Separamos algumas que já somos familiarizados e outras que tem avaliação positiva no mercado. Pesquisas de clima organizacional Uma das ferramentas mais eficazes para medir o impacto dos ritos de cultura são as pesquisas de clima organizacional. Elas permitem avaliar a percepção dos colaboradores sobre a cultura, os valores e o ambiente de trabalho. Perguntas específicas sobre a participação e o impacto dos ritos podem ser incluídas para obter feedback direto. Ferramentas: SurveyMonkey, Google Forms, Qualtrics, Culture Amp e Elofy. Engajamento Medir o nível de engajamento é outra maneira de avaliar o impacto dos ritos de cultura. O engajamento reflete o quanto os colaboradores estão conectados com o propósito e os valores da empresa, e ritos bem implementados tendem a aumentar esse vínculo. Acompanhar a evolução do engajamento ao longo do tempo, especialmente antes e depois da introdução de novos ritos, pode dar uma boa ideia de seu impacto. Ferramentas: Officevibe, Glint e TINYpulse. Taxa de retenção de talentos A retenção de talentos é um indicador importante da eficácia dos ritos de cultura. Se os colaboradores se sentem mais valorizados e integrados à cultura da empresa, é provável que a taxa de retenção melhore. Monitorar a taxa de turnover e correlacioná-la com a implementação de ritos específicos pode fornecer insights valiosos sobre seu impacto. Ferramentas: BambooHR, Workday e Zenefits. Feedback qualitativo Conversas diretas com os colaboradores através de entrevistas, grupos focais ou sessões de feedback informal e 1:1 podem ajudar a capturar percepções mais profundas sobre os ritos de cultura. Essas interações abrem um canal direto para que os colaboradores compartilhem como se sentem em relação aos eventos e se percebem alguma mudança no ambiente de trabalho ou na motivação pessoal. Análise de produtividade e performance Se os ritos de cultura estão efetivamente motivando e engajando os colaboradores, isso deve se refletir nos níveis de produtividade e desempenho. Acompanhar métricas de performance pode ajudar a identificar se há uma correlação entre os ritos de cultura e o aumento de eficiência ou a melhora nos resultados de trabalho. Ferramentas: ClickUP, Asana, Trello e Monday.com. Dashboards de cultura organizacional Algumas plataformas oferecem dashboards que integram várias métricas de cultura e permitem acompanhar em tempo real a evolução de indicadores-chave como engajamento, retenção e feedback de clima. Essas ferramentas agregam dados de diferentes fontes e facilitam a análise global do impacto dos ritos. Ferramentas: Peakon (parte do Workday), CultureIQ e 15Five. Impacto no bem-estar Se os ritos de cultura estão focados em promover o bem-estar, ferramentas que medem a satisfação, a saúde mental e o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho dos colaboradores podem ser úteis para avaliar seu impacto. Ferramentas: Headspace for Work, Happify, Limeade e Elofy. https://www.youtube.com/watch?v=yhPHgIdybXY Nossa equipe de especialistas executa todas as demandas operacionais e burocráticas com atendimento próximo e comunicação eficiente, permitindo que seu RH foque em iniciativas estratégicas que aprimorem a jornada do colaborador e fortaleçam a cultura organizacional. Oferecemos um serviço completo de terceirização, gerenciando folha de pagamento, controle de ponto e benefícios de forma integrada, focando na conformidade e agilidade nos processos, proporcionando mais eficiência e tranquilidade para sua equipe. Fale com um especialista: Time Soluções em RH
SAIBA MAISEm um cenário empresarial cada vez mais consciente e exigente, a responsabilidade socioambiental na cadeia de fornecedores, incluindo as subcontratadas, se tornou um elemento crítico para a sustentabilidade corporativa. As empresas não são mais avaliadas apenas pelo desempenho financeiro, mas também por sua responsabilidade social e ambiental. A conformidade socioambiental abrange o cumprimento de normas, regulamentos e boas práticas relacionadas ao meio ambiente e às condições de trabalho, e tem impacto direto na reputação e no valor de marca das organizações. Investir em uma cadeia de fornecimento responsável é mais do que uma questão de cumprimento legal, é um compromisso com a ética, com os direitos humanos e com o desenvolvimento sustentável. Empresas que falham em monitorar suas cadeias de fornecedores, incluindo as subcontratadas, correm o risco de se envolverem em escândalos relacionados a práticas insustentáveis, como trabalho infantil, condições de trabalho inadequadas ou destruição ambiental. Isso pode acarretar perdas financeiras, danos à reputação e, em alguns casos, sanções legais. Portanto, assegurar a conformidade socioambiental por meio de uma eficaz Gestão de Terceiros é fundamental para a perenidade das organizações. SAIBA MAIS: Guia completo sobre a Gestão de Terceiros Neste artigo, discutiremos a importância da conformidade socioambiental, suas principais vantagens e os riscos de sua negligência. Além disso, veremos como as empresas podem mitigar esses riscos e garantir uma cadeia de fornecimento ética e sustentável. 5 Benefícios da avaliação da conformidade socioambiental dos fornecedores Avaliar a conformidade socioambiental dos fornecedores traz diversas vantagens, que vão além da mera conformidade regulatória. Entre os principais benefícios estão: Mitigação de riscos críticos Ao monitorar a conformidade dos fornecedores, as empresas conseguem antecipar e mitigar riscos ambientais, sociais e de governança antes que se tornem problemas significativos. Reforço da reputação corporativa Empresas que promovem responsabilidade ao longo de sua cadeia de fornecimento fortalecem sua marca, ganhando maior confiança de consumidores, investidores e parceiros de negócios. Expansão para novos mercados Uma cadeia de fornecimento alinhada com práticas sustentáveis pode abrir oportunidades em mercados voltados à sustentabilidade e atrair investidores focados em responsabilidade social. Fomento à inovação e eficiência operacional A avaliação socioambiental incentiva práticas mais eficientes e inovadoras, como o uso de recursos sustentáveis, a redução de desperdícios e o aumento da produtividade, promovendo melhorias contínuas Garantia de conformidade legal Avaliar a conformidade dos fornecedores assegura que toda a cadeia de fornecimento esteja em linha com as regulamentações ambientais e sociais, evitando multas, sanções legais e possíveis litígios. LEIA MAIS: Fortaleça a sustentabilidade na cadeia de fornecedores Principais aspectos para avaliar na conformidade socioambiental Para garantir uma cadeia de fornecimento alinhada com padrões socioambientais, é fundamental que as empresas estabeleçam critérios claros de avaliação. Alguns dos principais aspectos a serem considerados incluem: > Impactos ambientais: a empresa deve avaliar como seus fornecedores gerenciam os resíduos, o uso da água, as emissões de gases de efeito estufa e outras práticas ambientais. É essencial que os fornecedores demonstrem comprometimento com a redução do impacto ambiental de suas operações. > Condições de trabalho: a conformidade com as leis trabalhistas, o respeito aos direitos humanos, a saúde e a segurança dos trabalhadores são aspectos fundamentais. Isso inclui a proibição de práticas como trabalho forçado, infantil e discriminação. > Responsabilidade social: avaliar o envolvimento do fornecedor com a comunidade e como ele contribui para o desenvolvimento social, seja através de práticas justas de negócios, programas de capacitação ou apoio a iniciativas sociais. > Transparência e governança: a transparência nos processos, a adoção de boas práticas de governança e a disponibilização de informações sobre práticas socioambientais são sinais de um fornecedor comprometido com a conformidade. Estratégias e ferramentas para verificação da conformidade socioambiental A verificação da conformidade socioambiental pode ser realizada por meio de diversas ferramentas e metodologias que ajudam a garantir que os fornecedores estão alinhados com os padrões estabelecidos. Entre as principais técnicas estão: Auditorias internas e externas As auditorias são ferramentas eficazes para avaliar a conformidade dos fornecedores. Elas podem ser conduzidas internamente pela própria empresa ou por auditores especializados contratados para essa função. As auditorias verificam se os fornecedores cumprem os requisitos socioambientais e identificam áreas de melhoria. Certificações e selos de qualidade Buscar fornecedores que possuem certificações reconhecidas, como ISO 14001 (gestão ambiental) e SA8000 (responsabilidade social), pode ser uma maneira prática de assegurar a conformidade. Questionários de avaliação e Due Diligence Aplicar questionários detalhados e realizar due diligence socioambiental são etapas fundamentais para a seleção e o monitoramento contínuo dos fornecedores. CONFIRA: Due Diligence na Gestão de Terceiros Monitoramento de indicadores ESG O acompanhamento de indicadores relacionados aos critérios ESG é crucial para medir o desempenho dos fornecedores em termos socioambientais. Plataformas de monitoramento em tempo real também podem auxiliar no rastreamento de não conformidades. Desafios na avaliação ESG e subcontratação A avaliação da conformidade ESG apresenta diversos desafios, especialmente quando envolve a subcontratação. Entre os principais obstáculos estão: Complexidade da cadeia de fornecimento: quanto mais complexa e extensa a cadeia, mais difícil é garantir a conformidade em todas as suas etapas, especialmente no caso de empresas subcontratadas. Para superar esse desafio, é importante priorizar a avaliação dos fornecedores críticos e subcontratadas, utilizando uma abordagem de risco para a seleção de parceiros. Falta de transparência das empresas subcontratadas: muitas empresas subcontratadas ainda têm dificuldade em fornecer informações completas sobre suas práticas socioambientais. Nesse caso, construir parcerias de longo prazo e engajar as subcontratadas em programas de capacitação pode ajudar a melhorar a transparência. Custo e recursos: a realização de avaliações e o monitoramento contínuo podem demandar recursos significativos, especialmente quando envolve subcontratadas. A adoção de ferramentas digitais e o uso de tecnologias, como a inteligência artificial, podem otimizar esses processos, reduzindo custos e aumentando a eficiência. Resistência cultural: em alguns casos, a resistência das subcontratadas em adaptar suas práticas a padrões socioambientais mais rígidos pode ser um entrave. Promover um diálogo aberto e desenvolver iniciativas de engajamento são estratégias que podem ajudar a superar barreiras culturais. Assim, a subcontratação representa um desafio adicional na gestão ESG, exigindo uma abordagem estruturada para garantir a conformidade das empresas subcontratadas em todos os níveis da cadeia de fornecimento. Boas práticas ESG para uma cadeia de fornecimento sustentável Para garantir a sustentabilidade da cadeia de fornecimento, as empresas devem adotar práticas de excelência que vão além da simples verificação da conformidade: > Engajamento contínuo com fornecedores: manter um diálogo constante com os fornecedores sobre os objetivos de sustentabilidade é essencial para promover melhorias contínuas. > Capacitação e suporte: oferecer treinamentos e suporte técnico para que os fornecedores possam se adequar aos padrões socioambientais exigidos. > Adoção de políticas criteriosas de seleção: integrar critérios ESG nos processos de seleção e contratação de fornecedores para garantir que os novos parceiros já estejam alinhados com as expectativas de conformidade. > Monitoramento ativo e avaliações periódicas: estabelecer um sistema de monitoramento contínuo que inclua revisões periódicas e atualizações dos critérios de conformidade. A importância da responsabilidade socioambiental para a sustentabilidade empresarial Investir na conformidade socioambiental dos fornecedores é crucial para qualquer empresa que deseje fortalecer sua responsabilidade corporativa e contribuir para um futuro mais sustentável. A homologação de fornecedores desempenha um papel vital nesse processo, garantindo que apenas parceiros que atendem aos padrões éticos e sustentáveis sejam selecionados. Este processo de verificação ajuda a mitigar riscos associados a práticas insustentáveis e a evitar problemas que possam impactar negativamente a operação e a reputação da empresa. Ao assegurar que toda a cadeia de fornecimento esteja alinhada com padrões socioambientais, incluindo a Gestão de Terceiros, as empresas não apenas demonstram um compromisso genuíno com a ética e a responsabilidade social, mas também constroem um legado positivo para a sociedade e o meio ambiente. A homologação rigorosa de fornecedores reflete um enfoque proativo na gestão de riscos e na promoção de práticas sustentáveis, o que eleva a reputação da empresa e conquista a confiança de consumidores, investidores e parceiros. Além disso, adotar práticas de verificação e manter um compromisso contínuo com a melhoria são fundamentais para garantir uma cadeia de fornecimento segura e responsável. Esse enfoque, ao integrar a Gestão de Terceiros, não só fortalece a posição da empresa no mercado, mas também promove um impacto duradouro e benéfico para a sociedade e o meio ambiente, refletindo os valores de uma gestão empresarial consciente e comprometida com a sustentabilidade. Como a Bernhoeft pode te ajudar? Somos pioneiros na Gestão Riscos com Terceiros, trabalhamos há 20 anos garantindo a segurança e sustentabilidade não só no momento da contratação de fornecedores, mas em todas as fases do contrato. Através de especialistas e com o uso de tecnologias avançadas, asseguramos a responsabilidade socioambiental e a segurança financeira através do processo de Homologação dos seus Fornecedores. Para conhecer um pouco mais sobre a abrangência de nossos serviços e nossa abordagem, entre em contato conosco. Escrito por: Mônica Barbosa | Analista de Gestão de Riscos com Terceiros
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